segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Hoje acordei assim
Auto destrutiva
Como se lombrigas voadoras assombrassem minha casa, zumbisse em meus ouvidos e cuspissem em minhas asas. Como se à meus cabelos elas já pertencessem.
 De que outro lugar elas nasceriam?
Auto destrutiva assim, sem um pingo de dó de mim, como se eu merecesse cada calo nos pés, cada beijo não dado, cada coceira nas costas que não consigo coçar.
Ai meu braço é pequeno, vou me esfregar na parede até rasgar.
Auto destrutiva sim, porque se alguém tem que fazer maldades comigo sou eu mesma!
E eu vou fazer maldades até cansar os punhos, os pulsos, os avulsos... Dar chute nos brinquedos das crianças, deixar de lavar a louça, comprar paçoca só pra tentar engasgar... E gargalhar da minha própria falta de sorte, fazer careta pro espelho dizendo a ele “não é mais de que uma mosca morta”, e reclamar, e chorar... E fazer bico até cansar.
Depois volto ao normal. Mesmo que fique tudo igual.
Porque não tem graça fazer maldades com quem é sempre mal.

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