sábado, 29 de janeiro de 2011

Dói

Eu quero.
E espero que não doa.
Nem o querer nem o não querer mais.
Ou "esquecer sabendo que estou esquecendo" quando talvez eu não queira. Porque também dói.
Até mesmo a calma trazida pela ausência, até mesmo a solidão sem mágoa, tão bem acompanhada de mim mesma, também quer doer, mas eu não a ensinei ainda a gritar e vou fingir que nem voz mais eu tenho. Talvez se eu fingir que não é comigo tudo isso suma.
Talvez, e na verdade não é talvez...Talvez seja num lugar quase próximo da certeza, que o tempo cura tudo, que o tempo cala tudo, e eu mesma já até quase rio algumas vezes e esqueço de sentir dor. E passa. E o pior é que passa.
E por isso, e ainda mais por isso. Eu quero. Por que eu já sei lidar com ausências. Talvez seja a hora de lidar com as presenças e exercitar tudo o que for permanente.
Eu queria ficar, porque eu já sei partir. Mas ficar, ficar mesmo...Apesar de e além de...Eu preciso que me ensinem.

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